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(Fernando Pessoa)


domingo, 17 de fevereiro de 2013

Entenda por que o meteorito causou tantos estragos na Rússia

Especialistas explicam os motivos que levaram ao grande número de feridos e a relação do evento com o asteroide que passou a 27 mil quilômetros da Terra na passada sexta feira.

Um meteorito caiu no céu da Rússia nesta sexta-feira (15), causando uma onda de choque que quebrou janelas e feriu quase mil pessoas na região dos Montes Urais. Em Chelyabinsk, cerca de 1,5 mil km a leste de Moscou, a maior cidade afetada da região, houve pânico, pois as pessoas não sabiam o que estava acontecendo. Veja abaixo por que a rocha incandescente caiu no céu e entenda o motivo de tantos estragos e 500 feridos.


- Qual a diferença entre meteoros e meteoritos?
Meteoros são pedaços de rochas do espaço, normalmente provenientes de grandes cometas ou asteroides e que entram na atmosfera terrestre. Muitos são incandescentes por causa do calor da atmosfera. São raros os que suportam o choque ao entrar na atmosfera terrestre e se chocam com a crosta terrestre, estes são chamados de meteorito. Os meteoritos sempre atingem o solo com muita velocidade, mais de 30.000 quilômetros por hora, de acordo com a agência espacial europeia. Eles também liberam uma grande quantidade de energia.
 
- É comum meteoritos caírem do céu?
Especialistas afirmam que pequenos choques ocorrem de cinco a dez vezes por ano. Grandes impactos, como este na Rússia, são mais raros, costumam ocorrer a cada cinco anos, de acordo com Addi Bischoff, mineralogista da Universidade de Muenster, na Alemanha. Muitas destas quedas acontecem em locais inabitados e, portanto, não causaram ferimentos em humanos.

- O que causou os problemas na Rússia?

Alan Harris, cientista do Centro Aeroespacial Alemão, em Berlim, disse que a maior parte dos danos foi provocada pela explosão do meteoro quando ele entrou na atmosfera. A explosão causou uma onda de choque que quebrou o vidro das janelas e fez com que objetos voassem pelo ar num raio de vários quilômetros. No momento que os fragmentos atingiram o solo, eles eram muito pequenos para causar danos significativos em locais afastados do local de impacto, disse o cientista.
 
- Há alguma relação entre este evento e o asteroide que passou perto da Terra nesta sexta?
 
Não, isto é apenas uma coincidência cósmica. De acordo com o porta-voz a agência espacial europeia, Bernhard Von Weyhe, não há relação alguma entre o asteroide 2012DA14 e o meteorito na Rússia.
 
 
 
- Quando foi a última vez que ocorreu algo comparável ao meteorito que atingiu a Rússia?
Em 2008, astrônomos observaram a mancha de um meteoro vindo para a Terra cerca de 20 horas antes de ele entrar na atmosfera. Ele explodiu sobre o Sudão e causando dados desconhecidos. A maior queda de meteorito que se sabe foi o que caiu em Tunguska, também na Rússia em 1908. Porém, mesmo este meteorito, que era muito maior do que o que caiu sobre os Montes Urais, nesta sexta-feira, não feriu ninguém. Muitos cientistas acreditam que um meteorito muito grande pode ter sido responsável pela extinção dos dinossauros , há cerca de 66 milhões de anos. De acordo com essa teoria, o impacto teria lançado grande quantidade de poeira que cobriu o céu ao longo de décadas e alterou o clima da Terra.
- O que cientistas podem aprender com o evento desta sexta-feira?
Bischoff afirma que cientistas e caçadores de tesouro provavelmente já estão correndo para encontrar pedaços do meteorito. Alguns fragmentos de meteoritos podem ser muito valiosos, chegando a custar mais de 670 dólares por grama, dependendo de sua composição. Como os meteoros têm permanecido praticamente inalterados durante bilhões de anos - ao contrário das rochas da Terra que foram afetadas pela erosão e surtos vulcânicas – cientistas têm interesse em estudar seus fragmentos para saber mais sobre as origens do universo.
 
- O que aconteceria caso o meteorito atingisse uma metrópole?
Cientistas torcem para que isto nunca aconteça, embora estejam se preparando para enfrentar tal evento. Von Weyhe, porta-voz da agência especial europeia afirma que especialistas da Europa, Estados Unidos e Rússia ainda discutem como monitorar potenciais ameaças antecipadamente e alertá-las. Porém, não espere uma missão no estilo hollywoodiano que tenha o intuito de lançar uma bomba nuclear para explodir um asteroide.